Finalmente, a sensação de felicidade que ela tanto tinha perseguido tinha chegado.
Podia ser uma felicidade conquistada única e exclusivamente à base de alucinogénicos, mas ela assim estava feliz.
Feliz como à muito precisava, como à muito não estava, como à muito vinha a exigir a si própria.
Mas como sabia bem.
Ela já não andava pelas ruas, ela agora levitava, sentia as pontas dos pés a tocar suavemente o chão para depois andar imenso tempo pelo ar.
Sentia-se leve, como se de repente tivesse ganho assas e agora pudesse voar, voar por cima de todos os problemas, que naquele momento nem fazia a mínima ideia que tinha.
Agora sim, era ela, na sua essência, sem as preocupações habituais, sem pensar no mundo que tinha à volta. Simplesmente ela, egoísta e tudo o mais.
Alheia ao resto do mundo, focada e centralizada em si própria. Completamente esquecida do que tinha dentro do coração. A viver somente o momento, provavelmente sem saber bem quem era. Mas era ela no seu estado mais puro.
[Ela continua feliz, vou esperar para ver como é o acordar e o regressar desde a utopia até à realidade onde ela tem de viver]
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Segredos desvendados