TiAGO

5 de janeiro de 2011

Eventualmente, deixa de doer...

O espartilho já te magoa as costelas, mas mesmo assim não é suficientemente apertado, não te perfurou nenhum pulmão, podes-lhe puxar mais os fios, vais ficar melhor na fotografia se apertares mais, mas a fotografia não é tudo, lembraste a meio, ouves duas vozes, uma de doçura outra de raiva, uma calou-se, os berros de raiva ecoam-te na cabeça, estás zonza, mas ouves...
Aperta mais, respira menos.
Aperta mais, move-te menos,
Aperta mais, anda direita.
Aperta mais e algo dói.
Aperta mais e o ar não chega.
Apertaste tudo. Já não magoa pois não?

1 comentário:

  1. Eu acredito que quando uma dor é uma dor baseada nalguma coisa deveras importante, dói sempre.
    O que pode acontecer é que o tempo a torne mais suportável, que com os dias ela não esteja tão presente em nós... mas doer, dói sempre um bocadinho. Quanto mais não seja, pelas recordações. *

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Segredos desvendados